Autoria: Margarida Lourenço (LEIC-A)
Na minha terra reina uma tranquilidade invejável,
Uma natureza singular, onde envelhecer não apavora.
Ao descer a avenida avistam-se verdes choupos
E um vasto campo de relva fresca e vistosa.
Florescem malmequeres junto aos outeiros,
Ouve-se o murmurar das águas do Zêzere.
Esse rio que outrora regou os campos
De cultivo em seu redor.
Esse rio que um dia se deixou atravessar
Por humildes barcas de aldeões.
Esse rio que marcou a infância dos meus avós.
Hoje, todo ele é lodo. Todo ele um passado utópico.
Todavia, por entre os antigos outeiros floridos, ergue-se
Um divã de rochas, onde me sento e o contemplo.