Autoria: Maria Rosa (MEIC) e Matilde Sardinha (MEEC)
A Tomada de Posse dos novos órgãos da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) marca um novo ano e um novo mandato, com ideias semelhantes mas prioridades diferentes às do anterior. Foi no Anfiteatro Abreu Faro, palco também neste ciclo eleitoral do debate entre as duas listas candidatas, que esta metafórica passagem da tocha se sucedeu a 13 de novembro.
A cerimónia, que contou com a presença de membros dos diversos órgãos do Técnico e da vida associativa de Lisboa, foi aberta pelo discurso de David Ferreira, presidente cessante da Mesa da Assembleia Geral de Alunos (MAGA). Este aproveitou a ocasião para relembrar que fazer parte da AEIST é difícil, mas já o foi mais, contando a história dos seus tios-avós que se viram forçados a viajar para Angola devido ao Estado Novo. Sublinhou a revisão dos estatutos da AE como um tópico “fulcral e urgente” e parabeniza a Direção cessante pelo trabalho realizado.
Rogério Colaço, atual Presidente do Instituto Superior Técnico, por sua vez, ressaltou que foi a Tomada de Posse com maior público a que assistiu, das 4 em que esteve presente. Nesse sentido, atribui esta presença à “força crescente” que acredita que a AEIST tem vindo a ter e, tal como David, relembrou um passado menos cordial, onde os seus predecessores não eram convidados a eventos como este, celebrando o progresso alcançado. Para além disso, sublinhou a importância de “construir sobre o construído” e censurou a incapacidade do Governo português de o fazer, em comparação à AEIST, cuja capacidade de continuação do trabalho entre os sucessivos mandatos considera a chave do seu sucesso. Destaca as obras à fachada do Pavilhão da AE, que estão quase acabadas, e, por fim, pede a António Jarmela, recém eleito Presidente da Direção, para procurar “construir mais um bocadinho”, e oferece a sua ajuda quando for necessário.
O reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, usou um tom de maior leveza quando se referiu ao Presidente cessante, Pedro Monteiro – “O Pedro é um príncipe!” – elogiando o seu trabalho no passado mandato e a sua capacidade de negociação. Afirmou conhecer António Jarmela devido às suas intervenções no Senado da Universidade de Lisboa e saber o que ele será capaz de fazer, dando ênfase ao trabalho da AE a nível desportivo, pelouro do qual António se encontrava responsável no ano anterior.
Por sua vez, Mariana Barbosa, Presidente da Comissão de Gestão da Federação Académica de Lisboa (FAL), elogiou o trabalho realizado durante o mandato cessante, realçando a capacidade de escrita de moções da AEIST. A importância da união dos estudantes das diferentes faculdades foi também mencionada, pois os problemas enfrentados são comuns e a capacidade de os colmatar será maior através da união: “juntos somos sempre mais fortes”.
Edgar Almeida, Presidente da Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa, agradeceu a Pedro Monteiro por todo o trabalho ao longo do mandato, dizendo que a gestão das instalações desportivas “foi exemplar”. Elogiou os resultados alcançados pelas equipas da AEIST e louvou o esforço orçamental que assegura as condições necessárias para o bom desempenho das equipas.
O privilégio do último discurso antes da tomada de posse propriamente dita foi dado a Pedro Monteiro, que expressou gratidão àqueles que com ele procuraram cumprir as “metas ambiciosas” que há um ano propôs, enquanto Presidente-eleito. “Foram o meu braço direito. E às vezes o esquerdo!”, disse em tom jocoso. Monteiro aproveitou a ocasião para prestar homenagem a Cristina Grijó, falecida funcionária da Secção de Folhas, solicitando à audiência uma salva de palmas em sua honra. Afirmou deixar o cargo com “consciência plena” mas com certeza de que ainda há muito a ser feito, deixando à nova Direção um conselho:
“Procurem ser Homens de valores e não apenas Homens de sucesso.”
Acabado o discurso, Jorge Marques foi chamado a palco para jurar “cumprir e fazer cumprir os estatutos da AEIST”, momento após o qual oficialmente substituiu David Ferreira e a restante Mesa como novo Presidente da MAGA. Após a tomada de posse da restante Mesa, Marques deixou claro que o sucesso da AE depende do alinhamento dos 3 órgãos eleitos e apelou ao esforço conjunto e ao tato, antes de continuar a cerimónia.
Seguidamente, foram chamados à tribuna os novos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar e a nova Direção. António Jarmela foi o último a realizar o juramento e teve também a honra de dar o último discurso da noite, que começou com um agradecimento à lista opositora pela cortesia demonstrada durante este processo eleitoral, que considera o mais respeitoso dos últimos anos. António Jarmela voltou a tocar naquele que foi um dos tópicos abordados por David Ferreira no início do evento: a Revisão Estatutária. Referiu que é urgente alterar os Estatutos para que uma AE mais moderna possa continuar o seu trabalho associativo. Podemos assim ter a certeza que este é um tópico no qual deveremos manter a atenção ao longo deste novo mandato.