Autoria: João Carranca (LEEC)
Estão projetados dois novos edifícios para os jardins norte e sul. Os dois edifícios serão “mini-torres” de 4 pisos, um deles subterrâneo, e com várias funções atribuídas, entre elas dar um novo espaço à creche e ao jardim infantil que pertencem à Associação de Pessoal do Instituto Superior Técnico (APIST).
Entre os vários projetos de infraestruturas previstos para o mandato de 24/27, talvez os dois mais visualmente impactantes sejam os edifícios projetados para os jardins norte e sul do campus Alameda. A ambição de realizar os dois edifícios já vem detrás, com encomendas de estudos arquitetónicos a datar de fevereiro de 2018, mas espera-se que seja neste mandato que se concretizarão.
Em declarações ao Diferencial, Rogério Colaço explica quais serão as funções destes dois edifícios, idênticos a nível de design: “A ideia é um deles ser essencialmente um complexo pedagógico. Nós, neste momento, temos falta de salas de aulas e temos salas de aulas com pouca qualidade. O outro tem duas funções: primeiro, acolher a nossa área científica, que é a área de investigação de tecnologias digitais. Os nossos investigadores e professores do INESC [Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores] estão fora do Técnico porque não cabem aqui. A ideia é criar infraestruturas para que os investigadores e professores que trabalham nestas áreas possam ter o seu espaço no Técnico. Tem também a função de acolher o nosso jardim infantil e eventualmente expandi-lo um bocadinho. O jardim infantil é uma área muito importante e que neste momento nós valorizamos muito no Técnico. É influenciador para a captação de professores mais jovens para o Técnico. A APIST está em condições muito más e será acolhido nesse edifício também.”
Os pré-projetos já estão feitos, sendo que está agora a ser lançado o concurso dos projetos de arquitetura finais que estarão concluídos até ao final do ano. Sobre o concurso para a obra, há expectativas de lançar um deles em 2025: “Se conseguirmos ter financiamento, lançaremos pelo menos um dos concursos no próximo ano. Tentaremos desfasar os concursos.” O desfasamento tem o objetivo de minimizar o impacto das obras no campus. O Presidente considera que executar os dois projetos em simultâneo teria um impacto significativo na comunidade que não seria desejável. Para além disso, os constrangimentos financeiros não permitiriam avançar com os dois edifícios ao mesmo tempo.
Associada a estes projetos está a ideia de requalificar regiões específicas do campus: “A ideia aqui seria recuperar todo o eixo que vai do TIC (Técnico Innovation Center) até à piscina, já que é uma zona que está mais degradada.”
Em relação aos custos associados, são elevados o suficiente para não serem suportáveis pelo IST de forma isolada. Os pré-projetos apontam para cerca de 4 milhões de euros para cada um dos edifícios. “Será, talvez, comparável aos valores do projeto da residência na piscina.”
Os prazos para a conclusão das duas obras vão, então, depender da adesão de parceiros externos que possam suportar uma componente significativa do financiamento: “Com as nossas receitas próprias, talvez consigamos ter um deles terminado em 2026.”