Piscina da AEIST poderá dar lugar a residência estudantil até ao fim da década

Autoria: João Carranca (LEEC)

Entre os projetos infraestruturais incluídos no plano quadrienal do Presidente do IST para o mandato de 2024-2027 encontra-se a transformação do espaço da piscina da AEIST numa residência estudantil com cerca de 60 camas. Esta ideia está, no entanto, numa fase embrionária. 

O edifício da piscina da AEIST é há décadas tema de discussão. Raros são os anos em que as listas candidatas à DAEIST não dedicam pontos dos seus programas a planos de remodelação, reabilitação ou reaproveitamento do espaço, que acabam por não ser concretizados devido, maioritariamente, aos constrangimentos financeiros que impedem a AEIST de suportar custos desta dimensão. Atualmente, é consensual, entre os estudantes e o próprio IST, que o edifício da piscina não deve ser revertido para o seu uso original. Menos consensual é, no entanto, o destino que deve ser dado a este património, tendo daí surgido a ideia da reabilitação para efeitos de habitação estudantil.

Sobre esta ideia, lançada pelo próprio Presidente, não existe ainda qualquer plano ou sequer a certeza de que será exequível. Ainda assim, o Diferencial tentou apurar os detalhes possíveis, começando pela motivação:

“Temos ali um edifício com uma volumetria bastante significativa que neste momento não é utilizado e está a degradar-se. Voltar a transformar aquilo numa piscina está fora de questão, porque o investimento é muito significativo, à volta de 2 milhões de euros, o que ninguém iria aceitar.”

Piscina da AEIST ainda em funcionamento. Fonte: Arquivo online do Site da AEIST, 2006.

O rastilho que gerou a ideia de transformar o edifício numa residência universitária, foi, de acordo com o Presidente, a necessidade de colmatar “um dos nossos principais problemas, que é o alojamento dos estudantes”.

Houve de seguida, há poucos meses, um processo informal de averiguação encabeçado por Miguel Amado, responsável pelas instalações e equipamentos do IST, para perceber a exequibilidade deste projeto, tendo-se estimado que este edifício poderia passar a albergar entre 50 e 60 estudantes.

O projeto está agora dependente do programa PRR Residências, ao qual foi já feita uma candidatura. Sem fundos provenientes deste programa, será pouco provável que surja  verba suficiente de outras fontes. Entretanto, existe já uma equipa de arquitetos a trabalhar “mais a sério” no desenvolvimento do projeto, especialmente na componente de estimativa de custos.

Rogério Colaço refere que a ideia foi acolhida com receptividade pelos vários órgãos de escola durante a apresentação do seu plano quadrienal: “Em termos gerais, a Escola considerou que seria uma boa opção para o aproveitamento daquele edifício, que neste momento é um edifício quase devoluto.” 

Não existe ainda qualquer estimativa de custos ou prazo estabelecido para o lançamento deste projeto.

O dossiê da piscina da AEIST, que se encontra parado há décadas, pode ter aqui uma resolução definitiva, apesar de existir um caminho ainda longo e incerto de estudos e negociações pela frente.

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