Autoria: Jorge Silveira (MEAer)
No limiar do crepúsculo,
Haverá Sol ou Lua?
Haverá dia ou noite?
Há horizonte alargado, dilatado
Pela cúpula esférica terrestre.
Há corujas e há galos a cantar.
Há quem saia para o trabalho
E quem regresse para o lar.
No limbo da intermitência da jornada
Há tudo e não há nada.
Um vazio de encher o ar,
E meu peito a transbordar de sossego.
Nessa linha que separa as horas
Que passam a correr e tropeçam em ti,
Há espaço para melhoras
Para os demónios que há em mim.
E há esperança ecoada pela luz que aparece,
E há paz que vem com a noite que cresce.
Crepúsculo,
No crescendo que se ouve,
No lenir da melodia.
Crepúsculo,
No nascer da noite,
No nascer do dia.