Autoria: João Rodrigues (LEFT)
Sou Deus terrestre,
Alma sem mestre,
Mas sou humano domado
Por regras que me têm cercado.
Sorte que sou livre no pensar,
Mas que azar que não me deixam voar.
Sou mais que gente,
Homem de fruto exigente,
Mas sou mentiroso disfarçado
Por arte que me mantém ocupado.
Sorte que me posso imortalizar,
Mas que azar que nada me vem significar.
Sou viajante temporal,
Cantor fenomenal,
Mas sou épico enganado
Por glória que me tem abandonado.
Sorte que no presente vim passar,
Mas que azar que o futuro não me deixa alcançar.
Sou divindade imortal,
Com vontade sem igual,
Mas sou morto marcado
Por vida que me vê condenado.
Azar que a barca me irá levar,
Mas que sorte que aqui pude chegar.