Entre os dias 21 de junho e 3 de dezembro, vários dos mais famosos nomes da arte urbana mundial vão-se concentrar na Cordoaria Nacional, em Belém, Lisboa. A exposição chama-se Urban(R)evolution e vai contar com 18 nomes, metade dos quais nacionais.
Autoria: João Dinis Álvares (MEFT)
Entre os dias 21 de junho e 3 de dezembro, vários dos mais famosos nomes da arte urbana mundial vão-se concentrar na Cordoaria Nacional, em Belém, Lisboa. A exposição chama-se Urban(R)evolution e vai contar com 18 nomes, metade dos quais nacionais:
±MaisMenos± [PT] | Martha Cooper [US] |
Add Fuel [PT] | Felipe Pantone [AR-ES] |
AkaCorleone [PT] | Barry McGee [US] |
Nuno Viegas [PT] | Futura [US] |
Obey SKTR [PT] | Jason Revok [US] |
Tamara Alves [PT] | Lee Quiñones [PR-US] |
Wasted Rita [PT] | Swoon [US] |
Vhils [PT] | Maya Hayuk [US] |
André Saraiva [SE-FR] | Shepard Fairey [US] |
Uma pessoa a destacar é Martha Cooper, fotojornalista americana que documentou os inícios da arte urbana, continuando o seu trabalho até aos dias de hoje. Ela vai ter uma exposição das suas fotografias, tendo tido completa liberdade na sua escolha, tal como todos os outros artistas. O seguimento das suas fotos ditará o decorrer do resto das exposições.
De acordo com Álvaro Covões, diretor executivo da Everything Is New, e os curadores da exposição Pauline Foessel e Pedro Alonzo, o objetivo é que cada artista tenha um lugar alocado na Cordoaria e que tenha completa liberdade na sua expressão artística. A entrada da Everything Is New, em conjunto com a Galeria Underdogs, no negócio da arte urbana acaba por ser a estreia da promotora neste tipo de eventos e Álvaro Pavões acredita que “Quanto mais acesso um povo tem à cultura, mais o seu país produz riqueza”. Relembrando que a Everything is New foi responsável pelos vários concertos dos Coldplay, Álvaro chegou a dizer que se deve “tratar a arte como se fosse um concerto dos Coldplay”, na medida em que se deve fazer da arte, para além da música, algo pelo qual milhões de pessoas anseiam ver.
Uma das coisas especiais nesta exposição é que todos os artistas, seja de onde forem, irão produzir a sua arte in-situ, disse a curadora Pauline Foessel, com todas as deslocações pagas. Para além disso, em conversa com os artistas Tamara Alves e Pedro Campiche (AkaCorleone), ambos portugueses que vão participar na exposição, estes disseram que não só é uma oportunidade fantástica poderem ter uma obra na Cordoaria Nacional, como também é um sonho poder expôr no mesmo sítio que muitas das lendas da arte urbana a nível mundial.
À pergunta se a exposição iria ser paga, a resposta foi sim e seguiu-se a explicação: “os artistas têm de ganhar a vida de alguma forma”, já que em Portugal não há algo fixo no qual estes se possam apoiar: “23% de IVA numa qualquer peça de arte é uma dor enorme”, adicionou Álvaro Covões. Porém, vai haver várias obras espalhadas por Lisboa, em vários muros, aos olhos do público.
No seu total, vai ser uma narração de toda a história da arte urbana, desde tags, graffitis e a pinturas no Metro até, eventualmente, à street art. Vai ser um evento único, tanto para o público como para os artistas em si.