Sejam bem-vindos.
Na passada edição – O Papel do Ensino na Formação Cívica – abordámos, através de diferentes perspetivas, a relação entre o ensino, o estudante, e a sociedade que o rodeia. Debruçámo-nos sobre o papel cívico que cada indivíduo deve tomar e de que forma o sistema educacional o molda, proporcionando ou impossibilitando certas capacidades e competências. Da necessidade de contextualizar e aprofundar esse mesmo papel do indivíduo no meio onde se insere, surge esta segunda edição, fazendo uso de uma situação concreta e atual: a União Europeia e as eleições que se avizinham.
Numa democracia exige-se proximidade entre os orgãos de poder, os representantes eleitos e a população em geral. A União Europeia é um projeto que na sua génese almeja servir de caminho à integração, prosperidade e paz dos Estados que a constituem. Contudo, nem sempre o projectado corresponde à realidade. Por vezes, fica-se desiludido com o sonho edificado. Principalmente, quando há uma desconexão entre os centros de decisão e a sociedade; quando as pessoas são levadas à descrença por casos que corroem a imagem da democracia e das suas instituições.
Num tempo em que os fenómenos populistas, ataques radicalistas e crises de identidade são cabeças de cartaz do festival europeu, é urgente organizar os pensamentos e refletir sobre o que se quer, como sequer. ‘Como funcionam as instituições e programas europeus?’; ‘Qual é o impacto da existência de uma União Europeia na minha vida e na vida dos que me rodeiam?’; ‘Que futuro quero para a Europa?’ são perguntas que devem ser colocadas e usadas como construção de um pensamento informado, crítico e coerente.
Dito isto, em maio próximo, somos mais uma vez chamados a cumprir o nosso dever e a exercer o nosso direito: VOTAR. Um voto consciente, informado e livre. Participemos todos nas eleições que se aproximam e façamos ouvir a nossa voz!
Sem mais demoras, brindamo-vos com a segunda edição deste ano letivo: A UE Não Está Online!
Texto: Bernardo Leite