Autoria: Hugo Pissarra (LEFT)
Teve lugar, de 15 a 19 de abril, a 27ª edição da Semana da Física, que acolheu cerca de 2000 alunos das mais diversas escolaridades, aos quais se acrescentaram outros 1000 no Dia Aberto, onde puderam estar em contacto com as mais diversas áreas do mundo da física. Desde as barracas repletas de experiências que ocuparam o Pavilhão Central do Instituto Superior Técnico, aos workshops e visitas a laboratórios, registou-se um grande ambiente de partilha e de curiosidade científica.
No passado dia 15, ao invés do habitual peso e monotonia característicos de uma manhã de segunda-feira, o átrio do Pavilhão Central foi invadido por risos e murmúrios animados. Chegavam os primeiros visitantes daquela que é a “jóia da coroa” do evento, o Circo da Física, uma enorme montra dividida por bancas representativas das mais diferentes áreas do mundo da física, exemplificando fenómenos de áreas como a óptica, mecânica, eletricidade, termodinâmica, entre outras. E assim se manteve, durante toda a semana, o ambiente vibrante e envolvente, espelho de uma experiência imersiva e educativa, de divulgação daquilo que se faz no ensino superior de Física no Técnico.
Organizada desde 1996, o Núcleo de Física do IST (NFIST) promove anualmente aquela que é a sua “principal atividade desde a sua criação em 1995”, consagrada numa semana de atividades, a fim de difundir, no seio da comunidade escolar, não só a Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica (LEFT), como também o mundo da investigação científica na área.
Durante este período de mais de uma semana, visto que as atividades acabaram por se estender para o Dia Aberto do Técnico, a organização contou com o apoio de cerca de 160 colaboradores, a maioria deles alunos dos demais anos de licenciatura, outros já no mestrado, aos quais se somaram alguns docentes do Departamento de Física. Esta envolvência transforma, assim, o evento também numa troca de conhecimentos e experiências dentro do seio do curso, o que justifica a participação massiva e voluntária no mesmo, ano após ano.
Esta experiência acumulada dos já repetentes, conjugada com a vontade e dinamismo dos estreantes, permitem uma panóplia de atividades, não só em quantidade, mas em diversidade e abrangência de temas, contando, para além da já referida feira de experiências, com a oferta de inúmeros workshops, visitas a centros de investigação e sessões de planetário. De referir, como novidade, a participação do NoisR e do Nuclear Vision, dois recentes projetos, através de workshops. No primeiro caso, sobre eletrónica, e no segundo sobre diferentes tipos de produção de energia.
O evento reafirmou, assim, o seu papel crucial na promoção da física e no estímulo ao interesse pela ciência, com o regresso mais que certo no próximo ano letivo.