Autoria: Miguel Laurito (LEE) e João Carranca (MEIC-A)
No dia 24 de março assinalou-se o Dia Nacional do Estudante com uma manifestação entre o Rossio e a Assembleia da República. Nesta, os estudantes de várias instituições de Ensino Superior do país reivindicaram melhores condições e protestaram o possível descongelamento das propinas, exigindo o seu fim sob o lema “Não Recuamos, Gratuitidade Já!”. A AEIST assinou o apelo da manifestação em sede de AGA.
Entre as várias associações e federações presentes na manifestação estiveram a FAL (Federação Académica de Lisboa), a AEIST, a AAC (Associação Académica de Coimbra), a AEFCSH (Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas), a AEFLUL (Associação de Estudantes da Faculdade de Letras), a AAUM (Associação Académica da Universidade do Minho).
A manifestação, que tinha hora marcada para as 14:30h, partiu do Rossio por volta das 15:30h e demorou um pouco mais de 1 hora a chegar à Assembleia da República, onde foram feitos os discursos do dia.
Primeiro falou Carlos Magalhães, presidente da Direção-Geral da AAC, que reivindicou um Ensino Superior “onde ninguém seja forçado a abandonar os estudos, onde a excelência académica não seja sacrificada pelo peso insustentável das propinas, pelo custo das rendas incomportáveis ou pela incapacidade do Estado em garantir um alojamento digno.”

Para o presidente da DG da AAC o problema que o Ensino Superior enfrenta “não é apenas estudantil[…] o país vive hoje num clima de instabilidade política que não augura nada de bom para o futuro, governos caem, eleições sucedem-se, promessas renovam-se, mas a incerteza mantém-se”.
Depois de aludir ao tema da emigração jovem e a falta de medidas políticas para tentar colmatar o fenómeno, Carlos Guimarães rematou o seu discurso referindo que “um país que não valoriza os seus estudantes é um país sem rumo.”

O segundo e último discursante foi Guilherme Vaz, presidente da AEFCSH que enumerou os maiores flagelos que afetam os estudantes do Ensino Superior, desde a propina até à falta de psicólogos, em alinhamento com as palavras de ordem que dominaram a tarde. Acusou também o governo de “descaramento e falta de vergonha” aquando da sua intenção de descongelar o valor das propinas.
A desmobilização deu-se antes das 18:00h com uma parte ainda significativa dos estudantes que compareceram a ficarem mais algum tempo à frente da Assembleia da República.