Autoria: Rita Serpa, Ciência Política e Relações Internacionais, FCSH
Por toda a rua sobressaía “Não há planeta B” entre as variadas músicas e vozes individuais que surgiam no meio da manifestação. Embora houvesse uma clara desorganização musical, todas as vozes juntas traduziam-se numa força que não passava despercebida a quem se cruzava connosco. Via-se que eram palavras que vinham do coração e não de uma necessidade qualquer de ser cool nas redes sociais. Quem estava lá, estava, efetivamente, a lutar para que Portugal se tornasse num país mais sustentável.
No entanto, apesar de ter visto nas notícias que a greve decorreu em 30 localidades portuguesas, achei que foi um movimento pequeno tendo em conta a dimensão de Lisboa. Pode ter sido por estar no meio da multidão e, por isso, não ter conseguido obter uma noção realista da dimensão da manifestação, mas não entendi o porquê de não sermos mais. A verdade é que conheço muitas pessoas, que apesar de apoiarem esta causa e entenderem a urgência de encarar esta iminente crise ambiental, não foram porque não “lhes apeteceu”.
No final da manifestação, penso que o objetivo se perdeu um pouco, tornando-se, ligeiramente, um palco para se fazer propaganda a grupos ambientalistas.
Assim, apesar da tarde de ontem ter sido bastante emotiva, ficou um tanto aquém das minhas expectativas.
Cada vez mais reina a falta de consciência e percepção.
vivem num mundo de ilusão criado pelos media…comem tudo o que vem na internet…imitam as modas….o pensamento critico é nulo.
E ainda se acham os senhores donos da verdade, todos os outros é que são tolos.
Mas continuem, continuem a perder tempo, e continuem a achar que é com manifestações inúteis e com falta de literacia que se muda o que se quer que seja.