Autoria: Filipe Valquaresma (MEAer), Sofia Calado (MEEC)
A 36ª edição da JobShop, organizada pela Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST), realizou-se nos dias 7, 8 e 9 de maio, no Técnico Innovation Center (TIC). Esta feira de engenharia e tecnologia destaca-se como a maior feira de emprego universitária do país e é destinada a estudantes de cursos do IST, aproximando o ambiente académico do mercado de trabalho.
A JobShop constitui uma das maiores job fairs do IST, sendo responsável por promover espaços de conversa entre a comunidade estudantil e as empresas participantes. Ao longo dos 3 dias, os visitantes tiveram a oportunidade de conversar com empresas e conhecer mais acerca das suas ofertas de estágios e empregos.
Além da clássica feira de empresas, o evento ofereceu também Blitz Meets, onde os estudantes podem praticar entrevistas de emprego e receber feedback diretamente com empresas, e também Networking Sessions e Coffee Breaks, momentos de convívio entre os participantes e empresas ao fim de cada dia.
Em entrevista ao Diferencial, Margarida Bettencourt, vice-presidente da Direção da AEIST para os assuntos externos, esclareceu os principais destaques e dificuldades desta semana.
Segundo Margarida Bettencourt, a JobShop está dividida em 4 espaços diferentes: Empresas, Tecnológico, Lounge e Verde, cada um destes vocacionado para um determinado tipo de expositor. O maior destaque, na sua opinião, vai para o Espaço Verde, que é reservado a empresas com forte componente de sustentabilidade ambiental nas suas atividades. O Espaço Tecnológico, como sugere o nome, é destinado às empresas com forte componente tecnológica e para núcleos estudantis com teor experimental, e o Espaço Lounge destina-se a promover um contacto mais informal. O Espaço Empresas, o maior, é a zona principal e contém a maioria das empresas expositoras.
Um dos fatores diferenciadores desta feira de empregos, comparada com as restantes Técnico Career Weeks, é a aposta numa maior diversidade de empresas convidadas. Tratando-se de um evento organizado pela AEIST, houve o cuidado de trazer empresas de vários setores profissionais.
No segundo dia do evento, teve lugar a palestra “Como é que a Inteligência Artificial vai revolucionar a Academia e os métodos de ensino?”, organizada pelo jornal Público. O painel, moderado pelo jornalista Victor Oliveira Ferreira, contou com a presença de Sancha Barroso, estudante do mestrado em Engenharia Informática e de Computadores no IST, José Varela, representante da NTT Data Portugal, Mário Figueiredo, professor e investigador da área da Inteligência Artificial no IST, e Paulo Dimas, da Unbabel e CEO do Centro para a IA responsável.
Quanto à nova localização do evento no TIC, Margarida Bettencourt reforça que existem vantagens e desvantagens em comparação com o ano passado: “tivemos um feedback negativo das empresas devido ao decréscimo da adesão, apesar dos nossos esforços na divulgação. Ao mesmo tempo, há menos participantes que vêm apenas buscar brindes: os que nos visitam têm maior interesse em realmente procurar as empresas. Por outro lado, muitas empresas deram um feedback positivo a nível infraestrutural e de recursos porque têm melhores condições”.