Presidente do IST propõe aumentar número máximo permitido de cadeiras semestrais

Autoria: Francisco Raposo (MEFT)

Na sua proposta de revisão dos Princípios enquadradores para a reestruturação dos cursos de 1º e 2º ciclo do Instituto Superior Técnico (PERCIST), o Presidente do IST Rogério Colaço propõe aumento de 2 para 5 do número máximo de Unidades Curriculares (UC) com funcionamento de 14 semanas por semestre em cada curso, dando assim mais ênfase a cadeiras semestrais.

No documento PERSIST, aprovado em 2019, estabelecem-se as diversas alterações ao método de ensino do Técnico que se vieram a suceder em 2021/2022, altura em que este passou a ser baseado em 4 períodos de 7 semanas ao invés de semestres de 14 semanas. A proposta de revisão do PERCIST em questão, assinada por Rogério Colaço e disponibilizada ao Diferencial, tem o intuito de “introduzir os ajustes necessários à otimização do modelo de ensino em vigor no IST e surge na sequência das diversas comissões nomeadas pelos órgãos do IST para a análise e acompanhamento do Método de Ensino e Práticas Pedagógicas (MEPP), tal como a mais recente Comissão de Avaliação de Avaliação de Eficiência Formativa do 1º Ciclo (CAEF-1C), coordenada por Mário Figueiredo e cujos resultados foram apresentados em julho de 2024.

As alterações propostas vão no sentido de modificar a organização das Unidades Curriculares, em concreto a sua distribuição nos cursos. Atualmente, cada curso de 1º ou 2º ciclo pode ter em execução, por semestre, no máximo 2 cadeiras com funcionamento de 14 semanas (cadeiras semestrais). Propõe-se que esse número seja alterado para 5, não se mudando o número máximo de UC que podem acontecer num semestre (6 cadeiras), dando assim mais ênfase a cadeiras semestrais. Também passaria a ser possível a cada curso ter 5 UC em execução em paralelo, mais uma do que é permitido de momento.

Figura: Comparação da estrutura dos semestres da Licenciatura em Engenharia Aeroespacial. Primeira imagem: atual. Segunda imagem: com as revisões propostas. Fonte: Presidência do Técnico

Para além disso, apesar de serem reconhecidos os constrangimentos atuais relacionados com o calendário escolar, mencionados no documento final da CAEF-1C, não se prevê mudanças ao calendário escolar de 2025/2026, já aprovado. Segundo as informações recolhidas pela CAEF-1C, as queixas no que diz respeito à calendarização sublinham a sua fragilidade perante acontecimentos esporádicos, como a doença de um aluno ou docente, o seu mau encaixe com as férias de Natal e Páscoa e a não contabilização de feriados, entre outros.

As revisões colocadas em cima da mesa por Rogério Colaço deverão ser apresentadas e discutidas nos próximos tempos pelos órgãos do IST competentes. Numa primeira fase, segundo o previsto no documento, até final de fevereiro, será ouvido o Conselho de Delegados, o Conselho de Coordenadores, o Conselho de Departamentos e Estruturas Transversais e a Assembleia de Escola. Em março, deverão ser ouvidos o Conselho Científico, o Conselho Pedagógico e o Conselho de Gestão, para depois ser finalmente proposto ao Conselho de Escola no final de março ou em abril. Será também ponderado, numa quarta fase, se a implementação é possível já no próximo ano letivo.

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