Autoria: André Santos (MEEC), Maria Paixão (LEBiol), Sofia Calado (MEEC)
No âmbito das Eleições Legislativas de 18 de maio de 2025, o Diferencial contactou os vários partidos com representação parlamentar na atual legislatura, propondo um conjunto de questões a serem respondidas por jovens militantes, com o objetivo de abordar temas que considerámos serem relevantes para os estudantes.
Procurámos recolher respostas de jovens com idade inferior a 35 anos e com militância ativa nos respetivos partidos.
Obtivemos respostas dos seguintes partidos:
- AD (Aliança Democrática) 1
- BE (Bloco de Esquerda)
- CDU (Coligação Democrática Unitária) 2
- CH (Chega)
- IL (Iniciativa Liberal)
- L (Livre)
- PAN (Pessoas-Animais-Natureza)
- PS (Partido Socialista)
As respostas foram recolhidas até ao dia 9 de maio de 2025.
Pela AD respondeu Inês Friães dos Santos, de 23 anos, vice-presidente da JSD (Juventude Social Democrata) de Lisboa. A sua visão de que o PSD é um partido equilibrado e capaz de conjugar responsabilidade com ambição foi um fator decisivo na decisão de se tornar militante. Inês refere ainda que o PSD é um partido que se mantém firme na moderação e no compromisso com soluções realistas.
Pelo BE respondeu Hugo Andrade, de 26 anos, estudante da Nova FCSH. Hugo tornou-se militante com o objetivo de conhecer pessoas diferentes com diversas áreas de interesse, sejam académicas ou pessoais, unidas pela mesma luta que o movia: a luta por uma vida melhor.
Pela CDU respondeu Duarte António, de 22 anos, estudante do IST. Ao ingressar no Ensino Superior, Duarte enfrentou desafios que o levaram a olhar para a realidade de maneira diferente: a dificuldade em encontrar um quarto a preço acessível, o elevado custo de vida de um estudante e as propinas. Foi esta experiência que o levou à decisão de se tornar militante.
Pelo Chega respondeu Rui Cardoso, de 22 anos. Rui tornou-se militante pela defesa de um Portugal soberano, seguro e com uma economia em crescimento.
Pela IL respondeu Filipe Ratão, de 22 anos, estudante do ISEG. O sentimento de que a sua geração terá muito menos oportunidades que as anteriores e a vontade de reverter esta situação foram os fatores que o levaram a tornar-se militante.
Pelo Livre respondeu Daniel Ferreira, de 21 anos, estudante do ISCSP. Daniel afirma que a forma alternativa do Livre de fazer política e o fascínio permanente do partido pelo futuro foram os fatores que o motivaram a tornar-se militante.
Pelo PAN respondeu Rodrigo Andrade, de 25 anos. Rodrigo tornou-se militante pela sensação de que o seu esforço e dedicação podem ajudar a tornar Portugal um país melhor para todos e todas.
Pelo PS respondeu João Pedro Mendonça, de 20 anos, estudante do IST. João sempre se interessou por política, mas decidiu tornar-se militante devido ao crescimento da extrema direita, que diz polarizar a política portuguesa e afastar os partidos democráticos uns dos outros.
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Questão 1: Quais os valores principais que consideras que identificam o teu partido?
Inês Friães dos Santos (AD)
“O Partido Social Democrata tem como princípios basilares a Liberdade, o Reformismo e o Humanismo. Defende a dignidade da pessoa, a justiça social e a igualdade de oportunidades, valorizando a iniciativa privada e o mérito numa economia de mercado, e promovendo [assim] uma sociedade plural, participativa e solidária.”
Hugo Andrade (BE)
“O Bloco de Esquerda é a maior força [política] na luta pela justiça social e económica, contra a opressão, a discriminação e a desigualdade. Defende uma vida boa para todas as pessoas, independentemente da sua origem ou identidade, com acesso às necessidades básicas como o direito à saúde, habitação, educação, cultura, condições dignas de trabalho, descanso, reforma e estabilidade financeira.”
Duarte António (CDU)
“O conhecimento profundo da realidade e dos problemas: desde as escolas aos lares, das especificidades do interior aos desafios do litoral, dos problemas ambientais dos rios às dificuldades do dia a dia – como o salário insuficiente para viver ou o jovem que não consegue sair de casa dos pais. A coragem de enfrentar a direita, tenha ela a cara que tiver, disfarçada ou não. Se há uma força que tenha derrotado a direita, quer derrubando governos e denunciando as suas políticas, quer construindo convergências à esquerda que respondam às necessidades das populações, essa força tem sido sempre a CDU.”
Rui Cardoso (CH)
“Seriedade, Credibilidade e Firmeza.”
Filipe Ratão (IL)
“O principal valor que nos define é a liberdade, seja na sua vertente económica, social ou política. Uma sociedade onde o Estado não coloca barreiras arbitrárias na economia, onde não há imposição de regras morais de terceiros e onde as pessoas são livres de dizer o que pensam, é uma sociedade que trará para todos uma maior realização pessoal.”
Daniel Ferreira (L)
“O LIVRE rege-se por aqueles que são os seus princípios fundadores: universalismo, liberdade, igualdade, solidariedade, socialismo, ecologia e europeísmo.”
Rodrigo Andrade (PAN)
“O PAN identifica-se como um partido verde, cujas principais bandeiras são o combate às alterações climáticas e a proteção animal. Para além disto, é também um partido feminista, defensor da causa LGBTQI+, dos Direitos Humanos e baseia muita da sua ação política na defesa dos direitos sociais.”
João Pedro Mendonça (PS)
“O Partido Socialista luta por uma sociedade baseada nos valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade, além de ser um dos fundadores da democracia que vivemos hoje. É, acima de tudo, um partido progressista e que defende o elevador social, de forma a garantir que todos, mas mesmo todos, tenham as mesmas oportunidades para progredir na vida.”
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Questão 2: Quais as propostas do teu partido que consideras serem as principais para as próximas legislativas?
Inês Friães dos Santos (AD)
“A habitação surge como uma das principais prioridades do PSD nestas eleições, com medidas centradas no aumento da oferta para responder à crescente procura. Destaca-se a redução do IVA para 6% nas obras de construção e reabilitação, a recuperação de imóveis devolutos do Estado e o incentivo à criação de parcerias público-privadas para habitação acessível e estudantil. No domínio do trabalho, propomos continuar a valorizar as carreiras da Administração Pública, tendo já valorizado os salários e condições de trabalho de 19 carreiras, e no setor privado, reduzir a precariedade laboral dos jovens, através da criação de incentivos à contratação de recém-licenciados e estudantes com vínculos de trabalho estáveis e duradouros. Por fim, no âmbito do Ensino Superior, o PSD propõe há vários anos uma revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, de forma a reforçar a autonomia das instituições, diversificar perfis de carreira académica e desburocratizar a relação entre as universidades e o Estado, assegurando maior transparência e estabilidade.”
Hugo Andrade (BE)
“O Bloco foca a sua campanha para estas legislativas em três propostas centrais: tetos às rendas, respeito pelos trabalhadores por turnos e taxar os ricos. Pretendemos enfrentar a crise da habitação, defender quem trabalha e lutar contra a desigualdade económica.”
Duarte António (CDU)
“O aumento dos salários agora, e não em 2029, como defendem outros partidos, é para mim uma medida essencial do nosso compromisso eleitoral. Importa desconstruir a falácia de que isso prejudicaria a economia: o Prémio Nobel da Economia de 2021 demonstra os benefícios do aumento salarial, ao mesmo tempo que os estrondosos lucros dos grandes grupos económicos continuam sem ser redistribuídos por quem produz a riqueza: os trabalhadores. Outra medida de extrema importância é o investimento de 1% do PIB anual na criação de um parque habitacional público. Portugal tem um dos parques habitacionais públicos mais reduzidos da Europa e, para dar resposta à crise da habitação que enfrentamos, é imperativo alargá-lo. Também é importante falar da redução do IVA da eletricidade, gás e comunicações para 6%, medida que irá aliviar a carteira de muitos, sobretudo quando estas despesas adicionam-se às rendas, à alimentação, às prestações do banco, etc.”
Rui Cardoso (CH)
“Combate à corrupção; regular a imigração; reduzir impostos; estimular as parcerias público-privadas; dotar as forças de segurança dos meios para agir; aumentar pensões.”
Filipe Ratão (IL)
“A criação de uma entidade única para liderar a modernização do Estado, pois a modernização, seja pela digitalização ou pela simplificação burocrática, melhora a relação do estado com os cidadãos, e é fundamental que esta não seja divergente entre os vários departamentos do estado. O SUA Saúde [Projeto de lei proposto pela IL], a nossa reforma para o sistema de saúde, pois utilizando os prestadores públicos, sociais e privados permitirá criar os incentivos certos para uma medicina preventiva forte, uma gestão hospitalar de maior qualidade e uma relação mais a medida de cada um dos cidadãos.”
Daniel Ferreira (L)
“Porque a alternativa é ser LIVRE, temos de falar mais da semana de 4 dias, do fim dos estágios não remunerados, de uma Herança Social que apoie o início da vida adulta, entre outras.”
Rodrigo Andrade (PAN)
“No combate às alterações climáticas, o PAN quer [direcionar] os 300 milhões de euros dados em borlas fiscais às empresas poluidoras e canalizá-los para políticas sustentáveis e que incentivem à transição energética. Para a proteção animal, destacaria a redução do IVA dos cuidados médicos veterinários e alimentação animal, bem como a criação de um SNS Animal.”
João Pedro Mendonça (PS)
“A subida do salário mínimo em 60€, por ano (no mínimo), é para mim uma boa proposta e realizável, já para não falar da redução do horário de trabalho, que apesar de serem apenas (e de forma faseada) 2,5h semanais, representa uma mudança positiva para os trabalhadores terem mais tempo para viver. Incluir a saúde oral e mental no pacote de cuidados básicos do SNS é também uma proposta transformadora, que garante que todos os cidadãos, independentemente da sua situação económica, tenham acesso a cuidados de saúde essenciais.”
Questão 3: Quais são as propostas que consideras que vão ter mais impacto direto ou indireto nos jovens e estudantes?
Inês Friães dos Santos (AD)
“Para além da isenção de IMT e do Imposto de Selo, bem como da Garantia Pública na compra da primeira casa, que já beneficiou mais de 20 mil jovens na sua emancipação, o PSD propõe reforçar as bolsas de estudo, aumentando a bolsa mínima e adequando os montantes ao custo real de frequência do Ensino Superior. Propõe ainda a criação de uma plataforma digital nacional dedicada às micro credenciais, reunindo formações curtas e específicas oferecidas pelas Instituições de Ensino Superior (IES), para que os estudantes possam enriquecer o seu percurso académico e explorar novos interesses. Consciente de que somos a geração mais bem formada, mas também a mais ansiosa, o PSD defende o reforço contínuo dos serviços de apoio psicológico e de saúde mental, através de protocolos com centros de saúde e entidades privadas. Por fim, ciente de que a falta de alojamento não pode ser barreira ao acesso ao Ensino Superior, propõe duplicar a oferta de camas em residências estudantis até ao fim da legislatura, com recurso a parcerias público-privadas e à reabilitação de imóveis devolutos.”
Hugo Andrade (BE)
“A dificuldade no acesso à habitação é o que impede muitos jovens de estudar nas suas áreas e faculdades desejadas e o Bloco pretende baixar os valores das rendas já, sem mais demoras, impondo tetos às rendas e fiscalizando e regulando os contratos de arrendamento, que só se faz dando poder aos inquilinos. O Bloco defende também o fim das propinas no Ensino Superior, sendo que acreditamos que a educação deve ser um direito universal, garantido a toda a gente, independentemente da sua capacidade financeira. Muitos jovens, após ou durante os estudos, trabalham em áreas como a restauração e o retalho e o Bloco quer valorizar os rendimentos de quem trabalha por turnos colocando na lei o direito ao subsídio de turno obrigatório, em vez de depender das convenções coletivas, e com um valor que corresponda no mínimo a 30% do salário. Para estes jovens trabalhadores, especialmente os trabalhadores estudantes, o descanso é essencial e o Bloco propõe dois fins de semana de folga a cada seis semanas de trabalho e 24 horas de descanso entre cada turno.”
Duarte António (CDU)
“A primeira resposta que me vem à cabeça é o fim da propina: uma medida essencial para ultrapassar os entraves à frequência do Ensino Superior e garantir o cumprimento do direito à educação. É rara a associação de estudantes ou organização académica que não reivindique o fim da propina, o que demonstra a ligação da CDU à realidade estudantil. O reforço da ação social escolar tem um impacto direto na vida dos estudantes do Ensino Superior: desde as cantinas sociais às bolsas de estudo, que são insuficientes, com especial foco no alojamento estudantil, através do cumprimento e alargamento do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES). Já para os jovens trabalhadores, o aumento do salário mínimo para 1000€, a partir de julho de 2025, é essencial. Apesar desta geração ser altamente qualificada, os salários não o refletem: 75% dos jovens entre os 18 e os 35 anos ganham até mil euros.”
Rui Cardoso (CH)
“Isentar de IRS os jovens até aos 35 anos até perfazerem um total de 100 mil euros de rendimentos desde o início da sua carreira. Apoiar o empreendedorismo jovem, com benefícios para quem cria negócios que valorizem a economia nacional. Criar uma garantia bancária de 0% de juro no crédito à compra da primeira habitação para jovens pais portugueses, até perfazerem 35 anos. Garantir que os jovens podem beneficiar do estatuto trabalhador-estudante em todos os ciclos de estudo, isentando-os do pagamento de taxas e emolumentos.”
Filipe Ratão (IL)
“A descida do IRC e IRS, porque para haver salários mais altos é fundamental que as empresas/investidores vejam Portugal como um sítio atrativo para investir, e que os jovens possam reter mais do seu salário. O nosso pacote de medidas para a habitação, seja a utilização dos devolutos do estado, a desoneração fiscal para quem constrói e arrenda casas, ou a simplificação e união dos códigos, tanto para o arrendamento como para a construção, permitirá diminuir os preços e facilitar o acesso do jovens à habitação.”
Daniel Ferreira (L)
“Temos várias medidas, pelo que é difícil de escolher, no entanto, destaco a transformação do 12.º ano num “ano zero” de entrada no Ensino Superior e o combate às desigualdades no acesso e frequência do Ensino Superior.”
Rodrigo Andrade (PAN)
“Alargar o IRS Jovem aos jovens que fazem parte de um agregado familiar, bem como travar o seu acesso a jovens milionários e definir uma isenção de 25% a jovens com menos de 35 anos que já tenham mais de 10 anos de contribuições. Aprovar a criação de um crédito bonificado para os jovens, ajudando na compra de habitação. Gratuitidade das licenciaturas no Ensino Superior. Passes gratuitos para todos os jovens até aos 30 anos.”
João Pedro Mendonça (PS)
“A grande maioria das propostas apresentadas pelos partidos têm um impacto na vida de todos nós, seja direta ou indiretamente, sejamos novos ou velhos, estudantes ou não, e acho que sentimos todos cada vez mais isso. A habitação no nosso país é um problema grave e que exige políticas públicas fortes o mais depressa possível. É por isso que o PS pretende reforçar o parque habitacional público para promover o arrendamento acessível, atribuir mais apoios de acesso à habitação e, por exemplo, criar incentivos para a transferência de imóveis afetos ao AL para arrendamento de habitação permanente. Quando falamos do Ensino Superior, uma das grandes propostas, precisamente numa altura em se discute o aumento das propinas, é exatamente o oposto. O PS defende a gratuitidade das mesmas em licenciaturas no prazo de 10 anos e de forma gradual, defende mais bolsas de estudo, a regulação do regime de taxas e emolumentos e também a conclusão da revisão do RJIES [Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior]. A adoção do ano zero ao IRS Jovem, que não penalize os trabalhadores-estudantes ou a integração de jovens para o esforço de transformação da economia e para a aposta em programas direcionados para setores emergentes, considerados prioritários ou com forte potencial de crescimento e qualificação, têm também um impacto positivo na nossa sociedade.”
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Questão 4: Como avalias a relação dos jovens com o teu partido? Consideras o teu partido um partido para os jovens?
Inês Friães dos Santos (AD)
“O PSD está comprometido com a valorização das condições de trabalho, vida e emancipação dos jovens, compreendendo as suas preocupações e combatendo a sua emigração forçada. Para isso, aposta em medidas concretas que facilitam o acesso à habitação, reduzem a carga fiscal e promovem a mobilidade para os estudantes deslocados, como a isenção de IMT e Imposto de Selo, o IRS Jovem, a Garantia Pública para crédito habitação e o Passe Ferroviário Verde. O PSD acredita na juventude como motor do futuro e assume um compromisso sério com a sua fixação e valorização em Portugal.”
Hugo Andrade (BE)
“O Bloco não só é um partido para jovens como é um partido que se mantém jovem, renovando as suas lutas face às necessidades do momento, nunca deixando as lutas do passado para trás. Não tendo uma “juventude” oficial, não há hierarquização entre os jovens do partido e a restante militância e isto é visível nas listas do Bloco, que nos vários distritos do país são encabeçadas tanto por pessoas que lutaram pelo 25 de abril, como por jovens que começaram a sua luta nos últimos anos. O Bloco não é só um espaço de militância, mas também um espaço de convívio no seio das diversas lutas a que cada jovem se dedica, sendo que dentro ou fora de campanha, não faltam momentos de camaradagem, formação e partilha de ideias. O Bloco define-se como partido plural, em constante aprendizagem e melhoramento e os jovens são essenciais para manter este espírito.”
Duarte António (CDU)
“Acho que existe um grande ataque à ideia de se afirmar como CDU, mas é uma ideia que na minha geração está, felizmente, a desaparecer. As listas estão repletas de jovens da nossa idade, as ruas nas iniciativas ficam cheias de jovens da nossa idade e até mais novos. Acho que os nossos pares temem o futuro e não querem manter a política como está. Pouco a pouco vão procurando uma alternativa e a CDU é essa alternativa.”
Rui Cardoso (CH)
“O CHEGA é o partido do futuro. Os jovens estão massivamente com o CHEGA, como comprovam todas as sondagens, e que asseguram que estamos em primeiro lugar nesta faixa etária. Os jovens não se deixam contaminar pelo lixo jornalístico promovido por alguns dos media tradicionais. Pensam e analisam a realidade pela sua própria cabeça. O Futuro é CHEGA!”
Filipe Ratão (IL)
“O principal foco da Iniciativa Liberal são os jovens. Seja pelas propostas, pela maneira de comunicar ou pela integração direta no partido. Para a Iniciativa Liberal, o fim último da sua ação é uma mudança cultural do nosso país, que permita a sociedade ser mais livre. Invariavelmente essa mudança faz-se em prol dos jovens e de maneira a responder aos seus problemas.”
Daniel Ferreira (L)
“O voto jovem tem tido uma preponderância forte nos últimos resultados do LIVRE e, aliado à inexistência de uma juventude partidária, tendo como regra a integração real e imediata de jovens no partido, o resultado visível no LIVRE é de vários dirigentes e cabeças-de-lista jovens.”
Rodrigo Andrade (PAN)
“O PAN é um partido para os jovens porque é o partido que tem mais trabalho no parlamento para combater as alterações climáticas. Portugal já começa a sentir os impactos das alterações climáticas e os jovens de hoje serão os que sofrerão mais com os mesmos no futuro. Sendo um partido verde, medidas conseguidas pelo PAN como o alargamento da gratuitidade dos passes a todos os jovens com menos de 23 anos, a criação da Lei de Bases do Clima ou a aprovação de uma moratória à mineração em mar profundo até 2050 são medidas cruciais para descarbonizar a economia e dar mais ferramentas as pessoas e aos jovens para enfrentarem este enorme desafio.”
João Pedro Mendonça (PS)
“Muitos dizem que o Partido Socialista é um partido que governa para a camada mais velha da nossa população, mas não consigo concordar com isso, até porque, talvez por ser militante, a visão que tenho é de um partido plural onde as ideias de todos, desde que sejam para a construir uma sociedade mais livre e justa, são bem-vindas. Mesmo que a demografia portuguesa esteja envelhecida, sempre que o PS governou, a aposta nas gerações futuras esteve na linha de prioridades – desde a redução das propinas, do aumento das bolsas de estudo, dos manuais escolares gratuitos, da criação do IRS Jovem, até ao passe Sub 23 gratuito. Cada vez mais cedo os jovens interessam-se por política, e isso é algo que me satisfaz imenso. No entanto, a verdade é que se deixam levar por discursos bonitos e populistas, que apelam à emoção e apresentam poucas soluções reais ao país. O Partido Socialista não é apenas um partido para os jovens, é o partido de todos, que consegue olhar para a sociedade como um todo, mas também para cada indivíduo como alguém com direitos, dignidade e potencial, merecedor de oportunidades para viver melhor e mais feliz.”
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1 – O PSD vai concorrer em coligação com o Centro Democrático e Social (CDS), formando-se a Aliança Democrática (AD).
2 – O PCP vai concorrer em coligação com o Partido Ecologista “Os Verdes” e a Associação Intervenção Democrática, formando-se a Coligação Democrática Unitária (CDU).